segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O que são Relações Internacionais?

Talvez você esteja se perguntando: por que as Relações Internacionais ganharam tanta importância nos últimos trinta anos e como isso se transformou em potencial para cursos universitários nessa área?

A resposta envolve pensar, de forma breve, os rumos tomados pelo próprio mundo. Se antes um Estado-Nação podia tomar suas decisões sem se preocupar se isso agradaria ou não seus aliados, mais recentemente isso não é bem assim. Por exemplo, o fato de o Brasil estar construindo usinas hidrelétricas no Rio Madeira, para fazer frente a uma demanda de energia do país, não o habilita a fazer isso sozinho. Nesse caso, a Bolívia, que divide esse rio com o Brasil, precisa ser consultada e cientizada de cada parte do projeto.

Questões ambientais, financeiras, econômicas, comerciais, de direitos humanos, esportivas, entre outras, não se resolvem mais apenas dentro das fronteiras dos países. Hoje praticamente tudo tem repercussão internacional. As grandes redes econômicas, políticas e mesmo “criminosas” são interconectadas e não permitem que se pense e se aja apenas em parte. É preciso considerar o todo.

A velocidade da informação e a difusão da tecnologia permitem que, em pouquíssimo tempo, um desrespeito a um cidadão de um país levado a cabo por outro país seja divulgado e permita uma reação em vários lugares do mundo. Pessoas que não se conhecem articulam um protesto pela Internet e, repentinamente, o mundo se dá conta de uma nova realidade.

Alguns autores chamaram isso de “globalização”. Outros de “mundialização”. Outros, ainda, de “internacionalização”. Independentemente do conceito utilizado, o fato é que estamos em um mundo interconectado e que os profissionais do mercado de trabalho, os pesquisadores e os acadêmicos em geral precisam considerar isso.

Até a década de 1980, países como o Brasil viviam um pouco isolados, em seus projetos de “desenvolvimento para dentro”. Hoje, isso não parece mais possível. Por isso são necessárias estratégias para o país, as empresas que nele atuam e para as próprias organizações internacionais, com vistas a conviverem com esse novo cenário. No século XXI praticamente inexistem assuntos que não tangenciem o “internacional”.

Em tempos passados, os cursos de Relações Internacionais preparavam pessoas para a diplomacia. Se a política externa diz respeito à estratégia dos Estados nas suas relações com seus pares, a diplomacia era a forma de conduzir e dar voz a essas estratégias. Entretanto, neste mundo em que as questões são muito mais inter-relacionadas, profissionais preparados para entender os grandes problemas globais e sua influência no mundo em que atuam são cada vez mais requisitados. Essa é a razão da proliferação dos chamados cursos de Relações Internacionais.

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